22 de agosto de 2011

Eugene O'Neill

Eugene Gladstone O'Neill (Nova York, 16 de Outubro de 1888 – Boston, 27 de Novembro de 1953) foi um dramaturgo anarquista e socialista estadunidense.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1936 e o Prêmio Pulitzer por várias vezes. (...)

Diagnosticado com parkinson e neurose, reduziu drásticamente sua vasta obra a quase nada, pouco antes de sua morte. Morreu em 1953 em um hotel em Boston, vítima de tuberculose. "Nasci num quarto de hotel e, maldito, morri num quarto de hotel" ("Born in a hotel-room and God-damned, died in a hotel-room"), poderiam ter sido suas últimas palavras. Fonte: Wikipedia.

9 de agosto de 2011

Pedro Casaldáliga fala sobre importância da Unemat para o Araguaia

08/08/2011 - O bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Pedro Casaldáliga, 83 anos, recebeu a equipe da Diretoria de Comunicação da Universidade do Estado de Mato Grosso em sua residência no município de São Félix do Araguaia, distante 1.200 quilômetros da capital Cuiabá. Numa conversa de cerca de 20 minutos relatou a importância da Unemat para toda a região. A idade avançada, o Parkinson e a debilidade física, não afetam sua memória e seu raciocínio lógico e perspicaz. (segue...) Fonte: O Documento.

7 de agosto de 2011

A ascensão do maioral
Em O Rei do Mundo, David Remnick refaz a carreira do lendário lutador Muhammad Ali
07 de agosto de 2011 | A foto que você vê ao lado (foi retirada pela fonte) é o desfecho do segundo combate entre Cassius Clay e Sonny Liston. A luta terminou no primeiro round e era a revanche de Liston, que fora derrotado antes por um jovem Clay, falastrão e até certo ponto desconhecido - embora já tivesse ganhado a medalha de ouro na Olimpíada de Roma. Falando dessa foto, David Remnick diz que "talvez seja a imagem definitiva de Ali no ringue". Feroz, belo, esbravejando contra Liston jogado na lona.

Essas linhas estão no livro O Rei do Mundo - Muhammad Ali e a Ascensão de Um Herói Americano, um dos belos exemplares do jornalismo literário voltado para a atividade esportiva. Nele, Remnick, editor da revista New Yorker, refaz o início da carreira de Ali, situando-a primeiro no ambiente pugilístico e também na fronteira de tensões religiosas, raciais e políticas que caracterizaram os Estados Unidos nos anos 1960. Anos do assassinato de Kennedy, das lutas pelos direitos civis de Martin Luther King e Malcolm X, da Guerra do Vietnã, dos Beatles e hippies.

É muito fácil fazer uma prosa elegíaca de Cassius Marcellus Clay que, depois de convertido ao islamismo, mudou seu nome para Muhammad Ali. A maior parte dos entendidos o considera o maior peso pesado de todos os tempos, superando de longe Joe Louis e Rock Marciano. Ali dançava no ringue, falava sem parar antes e depois das lutas, compunha versos provocativos ao adversário, previa em que assalto colocaria o outro a nocaute. Dentro das cordas, tinha a pegada de um gigante e a leveza de uma borboleta. Flutuava com beija-flor e picava como abelha, como ele próprio dizia. Exibia um repertório completo de golpes. Além disso, era bonito como um deus e dispunha de ego à altura dessas qualidades.

No entanto, Remnick prefere passar ao largo das mitificações. Para chegar a Ali, recorda das lutas entre Floyd Patterson e Sonny Liston, o primeiro representando o "negro bom", confiável, e o outro, o "negro mau", saído dos presídios, com sua cara de poucos amigos e hábitos ainda menos recomendáveis.

Quando Clay, já se aproximando da Nação do Islã, desafia Liston, os papéis trocam de lado. Afinal, Liston, ainda que tivesse passado criminal, era preferível a esse falastrão, integrante de um grupo que considerava toda a raça branca como inimiga.

Os pontos altos do livro são as narrativas dos combates entre Liston e Ali, em 1964 e 1965. É um texto fascinante, que mantém o calor descritivo e termina por uma coda analítica. Mesmo porque, após as vitórias, Ali se tornaria não apenas o principal nome do pugilismo, mas uma personalidade do século.

Naqueles anos políticos, Ali recusou-se a lutar no Vietnã, sob a alegação simples de que "nada tinha contra os vietcongues". Sua licença foi cassada e ficou três anos e meio sem lutar. Só recuperaria o cinturão na mitológica luta contra um muito mais jovem e forte George Foreman, no Zaire, em 1974.

Já então era um mito. Mas do qual, Remnick procura extrair o lado da humana fragilidade em suas páginas finais. Entrevista um Ali muito doente, quase paralisado pelo mal de Parkinson que, após a conversa, o acompanha até a porta e pergunta ao jornalista se aquele era seu carro. Ante a resposta positiva, Ali apenas comenta, à guisa de despedida: "A gente não possui nada. Você é apenas um depositário nesta vida. Cuide-se bem". Fonte: O Estado de S.Paulo.