27 de outubro de 2014

22 de outubro de 2014

Ex-agente da CIA que inspirou "Argo" revela estar com Parkinson, diz jornal

21/10/2014 - O ex-agente da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) Tony Mendez, que liderou a operação que inspirou o filme "Argo", sofre de Parkinson, publicou nesta terça-feira (21) o jornal "The Washington Post".

"Argo" (2012), dirigido e protagonizado por Ben Affleck, que interpreta Mendez, narra a história real da operação de resgate de seis funcionários da embaixada americana em 1980 durante a crise dos reféns no Irã. Mendez, autor de três livros e responsável por orquestrar a operação, se transformou em uma celebridade depois do filme e manteve sua doença com discrição. No entanto, em um simpósio da Fundação Focused Ultrasound, uma organização que colabora na busca por tratamentos contra a doença, ele decidiu falar publicamente sobre o caso ao lado de sua mulher, Jonna Hiestand, também ex-agente da CIA.

O objetivo do casal é que a fama de Tony ajude a captar a atenção do público em favor de novos tratamentos.

"Se podemos encher uma sala para que um grupo de pessoas escute tanto sobre 'Argo' quanto sobre 'assim é como lidamos com o Parkinson...', então esta é como sua última missão", assinalou sua esposa em declarações ao jornal.

Jonna reconhece o marido "teve problemas para aceitar o diagnóstico", que coincidiu com o início de sua popularidade por conta do filme, quando passou a receber convites para dar conferências no mundo todo.

No meio deste ano, Mendez passou por uma intervenção de estimulação cerebral profunda, uma operação para implantar um eletrodo no cérebro e um estimulador no peito que emitem pequenos impulsos elétricos para bloquear os sintomas. Fonte: Cinema UOL.
Assim é bonito. Ainda mais para um ex-agente da CIA!

4 de outubro de 2014

Hugo Carvana morre aos 77 anos

Diretor fez filmes como 'Vai trabalhar, vagabundo' e 'Bar Esperança'.
Como ator, trabalhou nas novelas 'Roda de fogo' e 'Celebridades'.

04/10/2014 - O cineasta e ator Hugo Carvana morreu neste sábado (4) aos 77 anos no Rio. De acordo com o hospital em que Carvana estava internado desde o último domingo (28), em Botafogo, na Zona Sul, ele teve complicações causadas por um câncer no pulmão.

O velório será neste domingo (5) a partir das 9h, no Parque Lage, no Jardim Botânico. O corpo será cremado na segunda-feira (6), em cerimônia fechada para a família no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.

Ao longo da carreira, iniciada em 1955, Hugo Carvana ficou marcado por retratar o típico "malandro carioca" em suas comédias de costumes. Foi ator de mais de 50 filmes. Dentre as produções que dirigiu, estão "Vai trabalhar, vagabundo" (1973), "Se segura, malandro" (1977), "Bar Esperança, o último que fecha" (1982), "O homem nu" (1996), "Casa da mãe Joana" (2007) e "Não se preocupe, nada vai dar certo" (2009).

"Ele não era somente um ator extraordinário, mas diretor, um intelectual que pensava o Brasil. É uma coincidência triste: Carvana era como José Wilker, um autor, pensava as coisas do Brasil, do cinema, tinha interesse grande pelo estado do mundo”, disse o cineasta e grande amigo Cacá Diegues, lembrando a morte do também ator e diretor José Wilker, em 5 de abril passado (veja a repercussão da morte de Hugo Carvana).

Homenagem no Festival do Rio
No último sábado (27), o Festival do Rio realizou uma sessão especial de "Vai trabalhar, vagabundo", com cópia restaurada. Os quatro filhos de Hugo Carvana – todos com a jornalista e agora viúva Martha Alencar – estavam presentes: Júlio, Cacala, Rita e Pedro Carvana. Devido à saúde debilitada, o cineasta não pôde comparecer.

"Em nome da família a gente quer agradecer às manifestações dos amigos. O Carvana é um e diretor fundamental para nossa cultura. O Carvana lutou o quanto pode e essa semana infelizmente ele partiu. A homenagem do Festival do Rio foi uma benção. Recuperaram o negativo do primeiro filme dele dirigido em 54. O filme vai passar amanhã [domingo] em Guadalupe. É uma bela homenagem a ele. Ele estava muito feliz com essa edição do festival", disse Julio Carvana, um dos filhos, no hospital.

Na TV Globo, atuou também em novelas como "Corpo a corpo" (1984), "Roda de fogo" (1986), "O dono do mundo" (1991), "De corpo e alma" (1992), "Fera ferida" (1993), "Celebridade" (2003) e "Paraíso tropical" (2007). Um de seus papéis mais conhecidos foi o do repórter policial Valdomiro Pena, do seriado "Plantão de polícia" (1979-1981).

'Se o Cinema Novo tivesse um rosto, seria o Carvana', diz Cacá Diegues
Seu último trabalho como diretor foi "Casa da mãe Joana 2" (2013). Como ator, fez parte do elenco de "Giovanni Improtta" (2013), de José Wilker.

Hugo Carvana nasceu no dia 4 de julho de 1937, filho da costureira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. Era "um ilustre suburbano de Lins de Vasconcelos, que nunca renegou sua origem simples", conforme destaca o perfil no site oficial. O texto reforça que o ator e diretor ficou marcado em sua trajetória por ter "um quê de malandragem".

Na juventude, para conseguir entrar no estádio e torcer pelo Fluminense, costumava se disfarçar de vendedor de balas e ambulante. "Figura obrigatória nas mesas dos bares da noite carioca, cultivou amizade com grandes nomes da boemia e das artes – Roniquito, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, foram alguns", diz o perfil.

"Através dessa vivência criou personagens que povoam o universo carioca, como o malandro Dino em 'Vai trabalhar vagabundo'." A primeira vez em que viveu esse tipo de personagem foi em "O capitão Bandeira contra o dr. Moura Brasil" (1970), de Antônio Calmon. Fonte: Globo G1.

A reportagem não diz, mas HC tinha parkinson.